segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rastreamento por smartphones: 5 mitos revelados

Fonte: www.itweb.com.br


Os usuário de iPhone na Coreia do Sul registraram um processo contra a Apple por causa das práticas de rastreio de localização da empresa. Esta é uma das últimas ações registradas contra fabricantes de smartphones nos meses recentes. A Microsoft e o Google também já receberam queixas de clientes pelo mesmo problema.
Apesar de a preocupação ser fundamentada, nem todos os temores são corretos. Aqui estão cinco informações que todo usuário deveria saber sobre o rastreio de localização em seus aparelhos.
  1. Você pode desligar: muitos usuários reclamam que seus smartphones estão rastreando sua localização sem seu conhecimento ou consentimento. Isso é geralmente um mito, já que tanto o iOS quanto o Android avisam repetidamente aos usuários se eles permitem que o dispositivo use seus dados de localização. Por padrão, o iOS tem a geolocalização ligada, mas o Android, tipicamente, exige que o usuário a ligue. Ambas as plataformas permitem aos usuários que desliguem esse serviço. O Android dá aos usuários mais controle sobre o tipo permitido de rastreamento de localização, o que evitou alguns processos para a empresa. Usuários preocupados com a segurança de seus dados de localização podem resolver esse problema apenas desligando esse serviço, desde que estejam dispostos a abrir mão dos benefícios desses apps.
  2. Ninguém analisa os seus movimentos: a paranoia de que uma grande empresa possa analisar seus movimentos é infecciosa, mas também uma ideia implausível. Na realidade, dentre os milhões de dados que entram nos servidores do Google e da Apple, rastrear os seus movimentos especificamente não teria propósito algum para essas empresas. Isso não é dizer que seus dados de localização não podem ser associados com seu perfil ou mesmo com o da empresa. Certamente o Google tem informação suficiente para personalizar os resultados de pesquisa e publicidade e a empresa pode usar seu histórico de localização dessa maneira. Mas o Google negou veementemente o uso para esses fins. A Apple por sua vez, alega usar os dados de localização de cliente apenas com o propósito de manter a sua base de dados de hotsposts Wi-Fi e torres de celular.
  3. Dados não criptografados: enquanto a Apple e o Google declaram não usar os dados pessoais de localização, ambas as empresas foram repreendidas pelas autoridades internacionais por não criptografarem as informações. A ameaça é que qualquer um que ache ou roube seu celular possa descobrir seu histórico de localização e usá-lo para fins escusos. Entretanto, como a localização de dados não é muito apurada, os dados inseridos no dispositivo manualmente (como endereço, número de celular e agenda de endereços) são mais perigosos do que o histórico de movimentação.
  4. Nem todos os dados de localização são seus: alguns blogueiros aumentaram a paranoia sobre o rastreamento de localização ao disseminar o medo sobre o armazenamento de dados em dispositivos iOS. Apesar de ser verdade que o dispositivo pode armazenar mais deu um ano de dados, a Apple observa que nem todos os dados armazenados são do proprietário do dispositivo. O dispositivo baixa dados de localização da Apple para ajudar a acelerar o rastreio. A empresa reconhece que esse excessivo armazenamento de dados é o resultado de uma falha e planeja corrigir o problema em uma futura atualização.
  5. Nem sempre “anômino” significa anonimato: o Google atribui um identificador único para os dados de localização que envia de um telefone Android para seu servidor e esse número não é diretamente ligado à identidade do usuário. Então, a empresa está deixando os dados do usuário no anonimato. Entretanto, se alguém quiser encontrar uma agulha no palheiro de dados, é possível. As técnicas de “Deanonymizing”  estão aumentando e se tornando cada vez mais sofisticadas, e quanto mais dados pessoais libera-se na nuvem, mais fácil se torna detectar seu fluxo de dados. Então, se a segurança de dados é de suma importância para seu negócio, seus usuários, ou seu senso pessoal de privacidade, saia do serviço.
(Tradução: Alba Milena, especial para o IT Web | Revisão: Thaís Sabatini)

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