quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Em apoio ao WikiLeaks, hackers tiram site da Mastercard e Visa do ar




Fonte: www.tiinside.com.br

Um grupo de hackers tirou do ar, nesta quarta-feira, 8, os sites da Mastercard e da Visa, em represália ao cancelamento pelas administradoras de cartões de doações para o site WikiLeaks. O ataque foi confirmado no perfil do grupo na rede de microblogs Twitter, que chamou o ataque de Operation Payback (operação troco, em tradução livre), que assumiu a autoria do ataque. 

No início da noite, as contas no Facebook e no Twitter utilizadas para coordenar os ataques do grupo hacker denominado "Anonymous" foram canceladas pelas duas redes sociais. Os hackers usaram os dois serviços para convocar os internautas para ações que resultaram na queda dos sites das duas administradoras de cartões. 

O WikiLeaks vem causando problemas diplomáticos em todo o mundo desde que começou a publicar documentos sigilosos e e-mails trocados entre oficiais do governo dos Estados Unidos com de outros países. 

O fundador do site, Julian Assange, se entregou à polícia britânica na segunda-feira, 6, onde permanece aguardando decisão da Justiça sobre uma possível extradição para a Suécia, onde é acusado de assédio sexual e estupro (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Ele também foi incluído na lista dos dez mais procurados da Interpol. Essas ações são consideradas um pretexto para prender o homem que causou tanto constrangimento aos EUA. 

Até às 15h30 desta quarta, o site da Mastercard continuava fora do ar, sem nem ao menos exibir uma mensagem de erro. Comunicado da companhia que circula na imprensa internacional informa que houve uma "sobrecarga incomum" de tráfego, mas não especifica qual foi o problema. O grupo de hackers que assumiu a autoria dos ataques não informa a técnica usada que derrubou o site da Mastercard. 

Os hackers responsáveis pela Operation Payback também atacaram sites de outras instituições "inimigas" de Assange, como forma de mostrar apoio ao trabalho do WikiLeaks e ao impacto que o vazamento das informações vem tendo no governo americano. Segundo informações que circulam na imprensa internacional, o PostFinance, serviço suíço de informações financeiras ligado aos bancos do país, também foi atacado e o site da Procuradoria-Geral da Suécia, que acusa Assange de assédio sexual, também teve problemas. 

A Visa, principal concorrente da Mastercard, também cancelou as doações ao WikiLeaks, mas não justificou o motivo nem disse se pretende voltar a permitir as transferências financeiras. A operadora de meios de pagamento virtuais PayPal também cancelou as doações, mas declarou ao jornal que sofreu "pressões" do governo americano. Com informações do New York Times e The Guardian.

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