segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Computação em nuvem: 5 previsões para 2011


Pessoal, 

Segue abaixo um artigo que mostra as 5 previsões de atividades para 2011, no que chamamos de cloud computing, que podem mudar a rotina das empresas, bem como calar a boca de muita gente que não acreditava na possibilidade de existirem várias máquinas em uma só nuvem. Questões como monitoramento, telecoms e integração de aplicativos também são abordadas.
Aproveitem... Para quem ainda não está por dentro da tecnologia cloud, postarei essa semana um artigo explicativo.

Abraço, 

Paloma Mendes

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Fonte: www.itweb.com.br
Autor: Charles Babcock

Tecnologia deve alcançar marcos que críticos disseram inatingíveis: segurança, hospedagem múltipla e facilidade de gerenciamento
Quando se trata de computação em nuvem, muita coisa mudou em 2010. Se a nuvem fosse um jogador de futebol, teria passado de incerto, para banco de reservas, para, de repente, virar o artilheiro do time.
E, em 2011, a nuvem vai jogar muito. Espere para ver engenhosos handoffs e grandes ganhos em implantações, nos próximos 12 meses, conforme as interações entre nuvem e dados corporativos aumentam. Uma coisa que deve emergir serão melhores ferramentas de gerenciamento, ferramentas que podem servir múltiplos ambientes de hypervisor, como XENworks, da Novell.
Aqui estão cinco previsões para o ano.
1. Pagamentos na nuvem: em área alguma, as mudanças estão mais evidentes do que na possibilidade de transações da Indústria de Cartões de Pagamento (PCI), o que sequer estava nos planos da computação em nuvem em 2009, ou no início de 2010. Essas transações podem ser definidas como um grande fator em 2011. A transação ainda pode ser originada dentro da empresa, mas agora pode ser transferida para nuvem pública, executada lá, e ainda estar de acordo com as regulamentações.

Em 1º de Janeiro, o Conselho de Segurança da Indústria de Cartões de Pagamento implantou novas regulamentações para compliance de PCI, chamada PCI 2.0. A nova regulamentação ainda não reconhece cloud, mas a operação segura de máquina virtual. Isso leva a PCI para muito mais perto da nuvem.

Em novembro, um subgrupo técnico do conselho emitiu o white paper “PCI Compliant Cloud Reference Architecture” , que, embora ainda não endossada pelo conselho, descreve, claramente, o que é possível. Não demorou muito para que a Amazon Web Services notasse isso. Em 7 de dezembro, a AWS anunciou que o auditor de PCI, IOActive, havia certificado a EC2 para execução de transações Nível 1, sob as regulamentações de PCI. Nenhum auditor havia feito isso antes. 

Em 2011, é provável que as comportas da PCI se abram que os dados de cartões de crédito subam para a nuvem. Os rascunhos da próxima edição das regulamentações, versão 3.0, terão de esperar por mais três anos e observar como (assim esperamos) as transações seguras são executadas em muitas configurações de nuvem. Ao invés de a nuvem seguir o padrão, o padrão tentará alcançar a nuvem até o momento em que a documentação de PCI utilizar o termo pela primeira vez. Esperamos que seja no primeiro semestre de 2013.

Transações seguras na nuvem são uma ótima notícia para startups, que penam para estabelecer infraestrutura separada exigida por compliance. Até mesmo empresas maiores podem descobrir como reduzir seus data centers enviando, com segurança, a carga das transações de pico que parece se materializar durante as vendas no final do ano. 

2. Muitas máquinas virtuais em uma nuvem: tudo isso parecia muito pouco provável até pouco tempo atrás. Nem parece que foi em setembro de 2009 que o CEO da Oracle, Larry Ellison, discordava, publicamente, da ideia da nuvem no San Jose Churchchill Club. Hoje ele administra um grupo em nuvem, em que produtos antigos (Oracle Real Application Clusters e bancos de dados) emergem dessa névoa como novos, brilhantes objetos que são, nas palavras dele, “parte da nuvem”.

Muitas máquinas virtuais em uma só nuvem, mesmo? Isso ainda não acontece. A nuvem deve se tornar base para múltiplos hypervisores porque os consumidores adotam ambientes de múltiplos hypervisores. Conforme o Windows Server 2008 Release 2 se tona mais familiar em departamentos e unidades de negócio, suas máquinas vituais Hyper-V se tornam parte o ambiente operacional. Enquanto isso, toda uma seção de data centers gerenciáveis foi dominada por máquinas da VMware e seu ESX Server.

A líder do mercado, Amazon, exigiu que os primeiros clientes em nuvem submetessem suas cargas de trabalho à Amazon Machine Images, uma versão proprietária de uma máquina virtual Xen em código aberto. Agora as coisas mudaram. A VMware distribuiu seu software de gerenciamento entre diversos fornecedores de nuvem, em 2009 e 2010, para otimizar o gerenciamento de cargas de trabalho baseadas em ESX Server. Graças a tal abordagem, os serviços em nuvem se proliferaram. 

A AT&T, com o serviço Synaptic Compute Cloud e a Verizon, com o serviço Verizon Business Cloud, tentam ultrapassar a Amazon, líder do mercado, com uma base de serviços mais orientada a empresas, hospedando as máquinas virtuais que utilizam: VMware.
Notando a mudança, em 16 de dezembro, a Amazon anunciou em um blog “Traga sua imagem VMware para a nuvem”. E está oferecendo uma nova ferramenta, VM Import, que permite que uma máquina virtual VMware seja reconhecida pela interface VM Import ou pelas ferramentas fornecidas pela Amazon, que dão acesso aos serviços Elastic Compute Cloud (EC2) e Simple Storage Service (S3) por meio de linhas de comando da ferramenta.

A Novell entende que a empresa está hospedando diferentes marcas de máquinas virtuais, assim como atualizou as habilidades da ferramenta de gerenciamento ZENworks, para lidar com hypervisores múltiplos em 2010. Se a empresa conseguirá manter essa abordagem após ser adquirida pela Attachmate, é outra questão. Mas o multi-hypervisor está à solta e todos os grandes fornecedores terão de oferecer apoio às máquinas virtuais de seus concorrentes nas próximas gerações de produtos de gerenciamento.

3. Monitoramento em sempre adiante: monitoramento dará alguns passos a mais para superar a ofuscante fraqueza da computação em nuvem: a inabilidade de ver o que um aplicativo está fazendo e como está seu desempenho. A Amazon aperfeiçou o CloudWatch com essa finalidade, em 2010; espere por mais em 2011. A Compuware, sofisticada ex-fornecedora de ferramentas de software para design, mudou para o mercado da nuvem e hoje oferece o CloudSleuth, para monitoramento de aplicativos à distância. A VMware oferece o Hyperic. Observadores do segmento de rede entre a carga de trabalho e a nuvem, como a Apparent Networks, deverão oferecer ainda mais visibilidade de desempenho. Mas ainda é preciso fazer mais para identificar, automaticamente, problemas no tempo de resposta do usuário-final

4. Ascensão das telecoms: a formação da nuvem está mudando, também, fundamentalmente. A infraestrutura da computação em nuvem foi criada, inicialmente, pelo Google e Amazon, mas as telecoms tiveram experiências parecidas ao desenvolver data centers altamente confiáveis como centros de desvio (switching) de telecom. Data centers em nuvem inovaram ao transferir algumas das responsabilidades de confiabilidade e recuperação do hardware para software rodando em cluster de servidor. Isso tornou o uso de aplicativos um pouco mais viável. Mas, fundamentalmente, as duas opções eram muito parecidas em questão de operações automatizadas e eficientes.

Como já foi mencionado, a AT&T e a Verizon estão decididas a se tornarem fornecedoras de nuvem. Espere que outras empresas de telecom façam o mesmo em 2011.

Uma forma de driblar a Amazon, é sendo mais orientada a empresas. Ficou evidente, no início desse ano, que a Eli Lilly estava tendo problemas com a Amazon por seu acordo de nível de serviço (SLA). O problema era a pequena remuneração que o SLA da Amazon oferece. Sim, a Amazon te reembolsa caso o serviço saia do ar, mas, basicamente, o SLA somente permite crédito para o mesmo período de tempo de computação equivalente ao período sem serviço. Seriam centavos se comparados ao valor do negócio perdido no período. Tudo isso deixa espaço para manobras das telecoms, Terremark (fornecedora de serviços altamente confiáveis para o governo dos EUA), Rackspace, Savvis e outras fornecedoras.

5. Integração sagaz de aplicativos: conforme os ambientes em nuvem se proliferam e o acesso a nuvem se torna mais fácil de gerenciar, um problema chato ainda permanece: conseguir que um aplicativo funcione bem com outro aplicativo, tanto na nuvem pública, como EC2; ou em nuvem híbrida, digamos entre EC2 e uma seção virtualizada do data center de uma empresa. Se já era um problemão local, imagine na nuvem.


Novas empresas devem surgir para aproveitar o cenário que a nuvem em si oferece. Por exemplo, a SnapLogic, que acabou de receber US$ 10 milhões em fundos da Andreesen-Horowith e Floodgate, no início de dezembro, enviou seu serviço de criação de integração, SnapLogic Server, para a nuvem, insistindo que seus clientes levem para ele suas necessidades de integração.

Se um usuário quiser conectar, digamos, seu sistema interno de contabilidade com seu sistema de automação de força de venda Salesforce.com, a SnapLogic oferece (ou ele pode criar) um conector entre o sistema de contabilidade e o SnapLogic Server. O servidor tem seus próprios conectores à Salesforce,com, SAP, Oracle E-Business Suite, e outros aplicativos. Pelo menos metade do problema de integração é resolvido de forma automática; em muitos casos, toda a conexão pode ser estabelecida rapidamente. Se os dados precisarem ser convertidos conforme são transferidos entre os aplicativos, o SnapLogic Server reconhece essa necessidade e executa, automaticamente, a reformatação.

O problema da conexão é o principal da nuvem. Uma vez lá, como se conectar a um pacote padrão de aplicativos ou a um código customizado sem todo o trabalho que isso implica? A SnapLogic, que reconhece o valor nato da configuração da nuvem, ou outras soluções parecidas, pode ser uma grande parte da resposta.

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